A experiência é parte de uma missão para encontrar micróbios que poderiam ser úteis a futuros astronautas em viagens de exploração espacial.
Agora, cientistas da Open University, responsáveis pela pesquisa, estão investigando como as bactérias conseguiram sobreviver às provações.
Parece celularJá se sabe que esporos de bactérias são capazes de sobreviver vários anos em órbita, mas este é o maior período de sobrevivência registrado por cianobactérias (microorganismos que fazem fotossíntese) no espaço.
Os micróbios foram retirados de penhascos na cidade de Beer, na costa sul da Inglaterra. Quando expostos ao espaço, eles ainda estavam em pequenos pedaços de rocha extraídos do penhasco.
Elas possuem uma parede celular espessa e esta pode ser uma razão de sobreviverem tanto tempo no espaço.
Quando a equipe da Open University enviou as rochas para o espaço, tudo o que sabia é que o material continha comunidades de bactérias diferentes. Os cientistas não sabiam quais delas, se é que alguma, voltariam à Terra com vida.
“Tudo morreu naquelas rochas, menos aquele tipo particular de micróbio”, disse o professor da Open University Charles Cockell, que participa do Estudo, à BBC.
“Acreditamos que este micróbio pode ser usado em sistemas de suporte vital, para manter pessoas na Lua ou em Marte, onde não há oxigênio”, afirmou.
Segundo a pesquisadora Karen Olsson-Francis, também da Open University, "também existe um conceito de que se nós tivéssemos de desenvolver bases na Lua ou em Marte, poderíamos usar bactérias para biomineração, ou seja, para extrair minerais importantes das rochas".
A pesquisa alimentou uma teoria popular segundo a qual microorganismos podem, de alguma forma, ser transportados de um planeta a outro viajando em rochas - meteoritos - para semear vida onde ela não existe.
Fonte: BBC Brasil.
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